Luciana Lacerda e Ana Paula Cenci – sócias diretoras da ImPlantar
Que o Agro não comunica todo mundo sabe, mas o que você está fazendo para o comunicar o Agro? Foi com essa pergunta em mente que, há dois anos, quando a pandemia da Covid-19 estourou e todo o presencial foi para o online que resolvemos aprofundar ainda mais na forma de comunicar a política que envolve o agro. Isso mesmo que você leu: a política! Afinal ela é nosso instrumento de trabalho diário.
Agora a pergunta que deixamos na mesa é: você comunica o setor do agro em que atua? Para falar sobre a força da sua comunicação e a importância dela no fortalecimento do setor, quero continuar a história que estávamos contando nas linhas anteriores, mas antes fazemos questão de reforçar aqui que trabalhar politicamente muitas vezes não soa bem e, pior ainda, pode haver ruptura na comunicação, porque o receptor logo responde “política não se discute”. Frase pronta e estereotipada, mas que está no ar, ou melhor, dentro de muitos de nós que somos líderes e referência no agro. Nosso objetivo é desconstruir isso e comunicar o agro político que existe e que é aberto a todos.
Retomando… nesse momento em que tudo era Covid-19, estávamos nós repensando a forma de levar a comunicação política do Agro para o setor. Entre sonhos e brainstorming montamos o que chamamos em um primeiro momento de “tradução política para o agro”, com o público alvo focado em pessoas que atuam no campo. Ou seja, todos os conteúdos que montamos é para os nossos clientes de relações governamentais e extremamente acessível, não tem que ser nenhum advogado com doutorado para entender as atividades que rondam o #agro no Congresso Nacional e no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Nosso objetivo é fazer com que o produtor (ou as pessoas que lidam no campo) se sinta aqui, ao nosso lado, trabalhando as demandas políticas do agro que impactam diretamente as atividades rotineiras dentro da propriedade.
Nesse momento, mais que nunca, podemos dizer que conseguimos quebrar a ruptura, comunicar com as entidades de classe (nossos clientes) e o mais importante: levar aos associados dessas instituições o dia a dia do agro em Brasília, mostrando as dificuldades e as conquistas que enfrentamos. Mas para quem pensa grande que nem nós (risos!), toda essa estratégia de falar de política de forma simples deveria chegar a mais e mais pessoas que estão diretamente ou indiretamente ligadas ao Agro e foi aí que abrimos o braço de treinamentos.
Treinamentos? Você deve estar se perguntando, certo?! Foi por meio de palestras e cursos que resolvemos falar da atuação política no agro, o papel dos Poderes Federais e como cada um de nós podemos estar dentro dessas agendas. Sabe porque fizemos e estamos fazendo essa comunicação diariamente? Porque precisamos de mais e mais líderes do setor nas reuniões de tomadas de decisão. Pessoas que entendam, que vivam o agro (dentro da porteira) e possam se comprometer e explanar sobre o setor que representa 27,4% do Produto Interno Bruto do Brasil (PIB de 2021). Precisamos de informações verdadeiras, para quando um deputado, senador ou vereador for ao palanque do plenário ter orgulho do agro que movimenta o brasil e assim votar por leis e normas mais justas para o campo.
Tudo isso é um trabalho de formiguinha, sabemos que não vai ser ao final de uma palestra ou de um curso que já teremos milhares de representantes do agro aqui em Brasília ou nos municípios. Mas, sensibilizamos a plateia! Deixamos a nossa marca! Mostramos o nosso propósito, e mais: comunicamos a política trabalhada pelo agro todos os dias, política essa que lacradores (como diria minha amiga @CamilaTelles) colocam para baixo, sem dados, com muita ideologia, e vão prejudicando nossas pautas e ainda falam mal de nós. Não é fácil… é uma caminhada lenta, que exige dados e conhecimento técnico! Sim: um dia de cada vez e trabalhando para um agro cada vez mais forte, sustentável e cooperativo… e você o que tem feito pelo o nosso setor?