O seu voto é consciente?
Por Ana Paula Cenci e Luciana Lacerda – sócias da ImPlantar Institucional
É chegado mais um período eleitoral. As campanhas e debates estão a todo vapor, especialmente em um ano de eleições presidenciais e diante de um cenário tão “polarizado”, se assim podemos classificar.
Esse é o momento em que as pessoas começam se permitir a “discutir” ou, pelo menos, dar a sua opinião sobre política, assunto que muitas vezes é evitado em anos normais.
É justamente sobre este “debate” de opiniões políticas que queremos conversar neste artigo. Porém, queremos abordar a importância de, além de se debater a opinião sobre o candidato A ou B, entender profundamente a função deste candidato, e, principalmente, entender seus projetos e planos para caso seja eleito.
Também queremos chamar sua atenção para o fato de que, como líderes e profissionais atuantes no agronegócio brasileiro, setor que contribui com 30% do PIB, temos o dever de estar atentos aos demais cargos elegíveis este ano, especialmente os do poder legislativo (deputados estaduais, distritais, federais e senadores).
O voto consciente passa necessariamente por estes dois conceitos: entender o cargo para o qual estamos escolhendo o candidato + ter afinidade com a sua proposta de governo para aquele cargo. Ou seja, o voto consciente não tem espaço para quem se preocupa apenas em debater o candidato à presidência da República ou ao governo do estado e que para os demais cargos vota na indicação de alguém sem entender realmente quem é o candidato. O voto consciente exige da gente esforço, pesquisa e dedicação – tudo para termos um país melhor.
Em suma: voto é a porta de entrada para construirmos um Brasil melhor, é a forma que temos de eleger, ou pelo menos tentar eleger, pessoas que compartilhem dos mesmos ideais e valores que nós. De forma geral o brasileiro entende essa importância, mas apenas para os cargos do Executivo (presidente, governadores e prefeitos), o que acaba sendo ruim. Isso ocorre, muitas vezes, por um pensamento popular e comum de achar que é o chefe do poder Executivo o detentor de todos os poderes políticos, aquele que pode de fato mudar tudo, e durante muitos anos foi de fato assim. Pouco se sabe porém, no conhecimento popular, que é o nosso poder legislativo que comanda a pauta política do país. São os deputados e senadores que ditam onde e como serão gastas as verbas públicas provenientes de impostos e, mais ainda, são eles que permitem ou não que as medidas econômicas, educacionais e de saúde lançadas pelos governantes sejam efetuadas.
É preciso que o cidadão brasileiro tome consciência de que as assembleias legislativas municipais, estaduais e federal tem um amplo poder em suas mãos, e que um governante de estado ou país sem um congresso forte que o apoie e que faça corpo aos seus planos de governo é, mais do que nunca, PRIMORDIAL, para que ele governe da forma como se comprometeu em sua campanha.
Como diria um colega e mentor querido a ImPlantar “é em um ambiente em que a sociedade está efetivamente representada que há maior democracia no debate…”.
Portanto, querido colega do agronegócio, olhe com carinho nessas eleições para todos os cargos, leia os planos de governo, conheça os candidatos, pesquise sobre suas vidas e seus ideais e, principalmente, vote em quem apoia e já trabalha ou tem afinidade com nosso setor.
Porque dizemos isso? Pois as mudanças estruturais que o país e o agro precisam passam pelo Congresso e pelas assembleias estaduais e é muito difícil para um deputado ou senador “urbano” que não conhece o agro nos defender frente a tanta fake News que tem sobre nosso setor nas mídias. Precisamos, mais do que eleger governantes que tenham propostas que acreditamos, precisamos eleger quem está disposto a entender e dialogar com o setor que trabalhamos e que alimenta o Brasil e o mundo, sem ideologias, mas com conhecimento baseado nos dados econômicos e sociais que nosso #agro entrega a sociedade.
E então? Vamos com a ImPlantar votar de forma consciente para todos os cargos nestas eleições?
O Agro agradece e o Brasil se fortalece!
