Hoje nós vamos falar sobre um tema que não é só importante para o Agro, mas para todo o Brasil.
A Assembleia Legislativa de Goiás aprovou recentemente a criação do Fundo Estadual de Infraestrutura, através da taxação de 1,65% sobre a comercialização de produtos agropecuários.
Fica a pergunta: e quem vai pagar essa conta?
A resposta é: não só o produtor, mas também o consumidor final, muito provavelmente!
A medida, além de impactar diretamente o produtor rural com o aumento dos custos de produção, terá consequências em breve no preço final dos alimentos para a população e um provável reflexo na inflação da cesta básica, como apontam alguns estudos que estão avaliando a proposta.
Mas por que isso está acontecendo?
Os estados não estão conseguindo reduzir os seus gastos, especialmente no cenário pós-pandemia, e viram no setor produtivo, o qual demanda muitos investimentos para escoamento da safra, uma fonte de arrecadação para custear essas melhorias.
Mas… onerar o setor produtivo é a saída?! Para nós da ImPlantar esse não é o melhor caminho, já que o aumento no custo dos alimentos desencadeia o aumento em diversos outros setores da economia e, pode trazer, no cálculo final, mais prejuízos do que benefícios.
A verdade é que, para a Ana e a Lu a medida precisaria ter sido construída junto com o setor produtivo e as associações, sindicatos e cooperativas que representam o produtor rural e o agronegócio. Temos a certeza de que juntos seria encontrado fontes de arrecadação que não prejudicassem tanto o setor e ainda trouxessem benefícios ao estado.
É aí que entram os questionamentos para os representantes do setor: como isso poderia ter sido evitado? Será que faltou atenção das entidades representativas do agro? E qual lição podemos tirar disso tudo para evitar mais casos assim no futuro? É possível reverter a aprovação atuando junto ao estado na regulamentação e aplicação da lei aprovada?
Com certeza a resposta é positiva para muitas dessas perguntas. É claro que nem sempre a articulação de entidades do setor convence os governantes dos seus pedidos, mas negociar um cenário bom para ambos e para o momento político que vivemos é sempre possível, desde que se tenha consistência, coerência e dados que sustem o trabalho!
Conta aqui embaixo o que acha que o setor pode fazer de diferente para prevenir casos como esse e evitar que outros estados façam o mesmo?