Implantando ideias para colher resultados
A IMPORTÂNCIA DO ASSOCIATIVISMO: JUNTOS SOMOS MAIS FORTES
Por Ana Paula Cenci e Luciana Lacerda – sócias diretoras da ImPlantar
Como a representação do setor agropecuário pode auxiliar nas suas pautas?
E, na reforma da previdência?
Em primeiro lugar gostaríamos de apresentar o conceito da palavra associativismo, de acordo com o Dicionário do Aurélio: Movimento organizado ou prática de associação de grupos sociais, notadamente de grupos laborais ou setoriais.
Sendo assim, a ideia de nos associarmos a pessoas ou a uma entidade vem da vontade de unirmos esforços em prol de sonhos, ideais, soluções e problemas comuns a uma classe ou comunidade. Por meio dessa união, com foco em trazer melhorias para um número maior de pessoas a Associação dá uma nova identidade a um grupo que passa a ter voz ativa e coletiva para trabalhar seus interesses, demonstrando seus pontos de vista de forma legítima e organizada. O que isso quer dizer? Não se trata mais da opinião de indivíduos separadamente, mas sim de vários, ou seja, “juntos somos mais fortes”!
A Associação é uma figura democrática e essencial para o amadurecimento e construção de políticas públicas que sejam de fato úteis para um determinado setor. Aí você nos pergunta, e no Agro, como funciona? Da mesma forma: as entidades representativas (como já diz o nome) representam os seus associados nos mais diversos ambientes de debate da sociedade civil, resguardando suas pautas com embasamento técnico e econômico. Para nós que acompanhamos o agro nos cenários políticos de Brasília, é cada vez mais frequente vermos as associações, sindicatos e federações se manifestando em inúmeros assuntos, especialmente no Ministério da Agricultura e no Congresso Nacional, a fim de apresentarem os interesses de seus representados.
E pode ter certeza que os debates acalorados do país estão sempre, sempre mesmo, sendo analisados e discutidos pelas diversas entidades representativas que existem. E por falar em debates apimentados, o tema da vez é um só: Reforma da Previdência. A tão famosa Reforma que, com certeza, está sendo debatida e continuará na pauta das discussões durante os próximos meses – mostrando a força e a opinião das diversas associações. Neste contexto, o produtor rural e as agroindústrias já se organizaram para serem ouvidos durante os debates que ocorrerão no Congresso a fim de lutar por seus ideias e pretensões.
Complicado né? Muitos interesses em jogo! Mas, uma coisa é certa: o debate para defender os interesses setoriais é muito polarizado. Afinal, garantir os direitos conquistados sem abrir mão de benefícios, não é tarefa fácil. Para nós fica claro que o debate político deve ser organizado e é aí que entram as associações, pois elas têm a capacidade de representar cada um dos diferentes Brasis que temos, sejam eles de servidores, professores, militares, juristas, produtores rurais, policiais ou do cidadão comum.
Porém é preciso lembrar que, dar voz a uma classe e lutar por seus direitos não pode estar acima do diálogo e da construção justa de um país melhor para todos. Os interesses de alguns não podem usurpar os benefícios de todos. É preciso garantir que o princípio da isonomia, detalhado na Constituição de 1988, em seu artigo 5º seja respeitado. Sendo assim, regimes de previdência, salários e demais direitos devem ser assegurados a todos respeitando as diferenças e particularidades de cada setor.
O que as entidades de classe não devem fazer é proporcionar o privilégio entre seus grupos e infelizmente essa situação ainda é recorrente no Brasil. Ou seja, o que nós somos contra é usar o famoso jeitinho brasileiro para influenciar, de forma negativa, o debate com o poder público. Isso não é apenas um jogo de interesses (como muitas pessoas pensam) isso é o futuro do nosso Brasil, do nosso país. Para participar do debate é necessário usar argumentos técnicos, econômicos e verdadeiros e não simplesmente o poder, a troca de favores ou influência. Reforçamos que as particularidades devem ser tratadas de forma diferente sim, mas nunca de forma “ilegal”.
Em resumo: o associativismo deve e pode trazer inúmeros benefícios a jovem e talvez atrapalhada democracia brasileira, porém o direito de ser ouvido e de representar um setor ou classe não deve e não pode diminuir a importância dos demais. Parece bem obvio, né? Mas, para funcionar é necessário eliminarmos (e com urgência) as pautas exclusivistas, que não se preocupam com o crescimento harmônico e justo do país. E por falar em país é essencial frisar: o Brasil é de todos e não somente de alguns.
É preciso desenvolver o senso de coletividade e responsabilidade dos brasileiros. E é exatamente aí que entra o Agronegócio! Acreditamos que o agro tem esta capacidade, por ser um setor economicamente e socialmente fundamental para o crescimento do país, presente no dia-a-dia de todos os brasileiros. Dessa forma, resolvemos te fazer um convite! O que acha de estar próximo da sua associação, sindicato ou federação a fim de construirmos de maneira ética e democrática o Brasil que sonhamos e queremos.
Venha para o debate e faça parte!